segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Turistei por Bananeiras (PB) - Cachoeira do Roncador - Trip #33

Oi gente! A Paraíba não é só praias  e o brejo paraibano oferece muitas opções de passeios e trekkings, de um ou mais dias. A cachoeira do Roncador é um deles. Já contamos NESSA POSTAGEM AQUI como foi nossa experiência na Cachoeira do Ouricuri em Pilões. Em um dia apenas, reservamos para ir pela manhã para Ouricuri e à tarde para a Cachoeira do Roncador.

Família na Cachoeira do Roncador



Cachoeira do Roncador

É um lençol d’água que desaba de uma altura de 45 metros, graças a uma depressão formada no curso médio (com mais de 10 pequenas quedas d’água nas pedras) do rio Bananeiras que nasce na mata da UFPB de Bananeiras. A flora nativa em redor da cachoeira mostra uma natureza exuberante, onde permanecem angelins, sucupiras, pau d’arcos, sapucaias e pirauás. O local é adequado para caminhadas ecológicas e a prática de camping selvagem. Tem um restaurante de comida regional bem próximo ao local, exatamente onde fica o estacionamento que dá acesso a Cachoeira. Fica situada exatamente no limite dos Municípios de Bananeiras e Borborema, no Sítio Angelim.

Situada a 13 quilômetros do centro de Bananeiras (PB), a Cachoeira do Roncador (maior cachoeira da Paraíba) já foi motivo de muita polêmica entre os municípios de Pirpirituba, Borborema e Bananeiras quanto a sua localização geográfica. Muita gente acha que a cachoeira pertence ao município de Pirpirituba, pois é através dele que se tem o melhor acesso. Outros imaginam que pertença a Borborema porque é por lá que se tem o outro caminho, um pouco mais complicado principalmente na época das chuvas. 



Cachoeira do Roncador em época de cheia

O fato é que à margem esquerda do riacho Bananeiras, para quem vem de Pirpirituba, pertence ao município de Borborema e à margem direita ao município de Bananeiras. Explicando melhor, quando atravessamos aquela pequena ponte antes de chegarmos ao restaurante de dona Lurdes já estamos no município de Bananeiras, sendo assim o lado de dentro do roncador é Bananeiras e do lado de fora antes da ponte é Borborema. Polêmicas a parte, o importante é que a cachoeira é um patrimônio paraibano e sua preservação é dever de todos.

 A SUDEMA (Superintendência de Administração do Meio Ambiente) está cuidando para criar uma área de preservação ecológica e com certeza a participação dos três municípios será importante para a implementação de políticas que visem melhorar o acesso e principalmente na promoção de campanhas ambientais visando a preservação para as futuras gerações daquela que com certeza é a maior e mais bela queda d’água da Paraíba.




Fomos de carro, partindo de Pilões. Para chegar, achamos um pouco complicado e erramos o caminhos duas vezes pelo GPS. Chegava em um ponto em que o acesso era apenas caminhando, mas faltavam muitos quilômetros. Como estávamos com crianças, preferimos entrar por outra estrada que o GPS indicou, onde caminharíamos menos. Oficialmente o acesso é feito por Bananeiras, mas o mais prático é pegar um ônibus na rodoviária de João Pessoa para Pirpirituba, ou ir de carro mesmo. Descendo em Pirpirituba, a entrada é próxima à Igreja. No fim da rua tem uma estrada de barro de 10 quilômetros até um restaurante, de onde sai a curta trilha para o Roncador.  No caminho existem algumas casas esporádicas, mangueiras e bananeiras. 


Para quem quiser acampar, existe uma trilha à direita no topo da cachoeira onde é possível acampar na propriedade do Seu Zé. Se  o rio estiver cheio, bons banhos podem ser tomados perto do camping. Próximo da propriedade do Seu Zé, tem o sítio do Seu Domingos, que também pode dar informações sobre as trilhas. Para chegar ao sítio de Seu Domingos, também possível ir pela trilha à esquerda do Roncador, pelo leito do rio. O caminho é somente por pedras, muito cuidado.  Do alto é possível ter uma visão privilegiada do vale embaixo. Ótimo para contemplar. 





Infelizmente, para quem vai a uma cachoeira, o que se espera é tomar um bom banho em uma queda d´água, mas como já esperávamos, não tinha água na cachoeira suficiente. Fomos em novembro e os meses mais indicados são de maio a julho. Era um risco que corríamos, viajamos sabendo disso e foi a primeira vez que não deu muito certo um trip nossa. As crianças ainda conseguiram tomar um banho rápido com outras crianças que estavam brincando numa pequena lagoa formada da tímida queda d´água. Tinham alguns despachos de macumba (rs) e muitas abelhas no lugar. Além disso, chegamos já no final da tarde, tínhamos que caminhar e viajar de volta pra João Pessoa. Já estávamos meio cansados do banho na Cachoeira do Ouricuri de manhã, do forte sol e das caminhadas pelas trilhas das duas cachoeiras. Pelo menos, conhecemos o lugar e em outra oportunidade voltaremos na época certa para curtir ao máximo a Cachoeira do Roncador. 

Informações complementares

http://bananeiras.pb.gov.br/turismo/pontos-turisticos/

https://www.mochileiros.com/topic/997-cachoeira-do-roncador/

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Turistei por Pilões (PB) - Cachoeira do Ouricuri - Trip #32

Oi gente!

Em 2018 nós chegamos a conclusão de que nosso plano de vida é desbravar o mundo. Não só em termos de outros países, mas do nosso próprio lugar. Qualquer lugar interessante com beleza natural e história pra contar. Assim, acordamos um dia e decidimos ir conhecer as cachoeiras do Ouricuri na cidade de Pilões (PB) e a Cachoeira do Roncador na cidade de Bananeiras (PB). De João Pessoa para Pilões são 127 quilômetros. E de Pilões para Bananeiras 33 quilômetros (assunto para outro post). Fomos bem cedo pra tentar ir em uma cachoeira de manhã e outra à tarde. 

Cachoeira do Ouricuri

Cachoeira do Ouricuri - Pilões (PB)

Viajamos sabendo que a Cachoeira do Ouricuri tinha água o ano inteiro, porém com volume mais baixo no mês que fomos: novembro. O melhor período para visitação é quando está bem cheia: de maio à julho. O volume de água fica baixo entre agosto e abril. 


Na trilha para a Cachoeira


Pilões está incluída no Roteiro Cultural Caminhos do Frio. Sua paisagem serrana e seu clima agradável, durante boa parte do ano, são um convite aos turistas que gostam de um bom ambiente natural. Cortada por vários rios e belas cachoeiras (cachoeiras do Poço Escuro, do Ouricuri, da Manga), tem seu território pontilhado de montanhas eternamente verdes e vales estreitos e profundos onde várias trilhas ecológicas são exploradas por aventureiros de todo o Brasil.  


A Cachoeira é localizada no Sítio Ouricuri e fica dentro de uma floresta, resquício da exuberante Mata Atlântica  no município. A estrada até a cachoeira é bem sinalizada. São cinco quilômetros do centro da cidade até a cachoeira. As belas cascatas completam a obra esculpida pela natureza nesta região. A água do Rio Araçagi corre por entre árvores e rochedos, formando um conjunto de corredeiras de beleza incontestáveis 


A força das águas produz outro atrativo interessante: as fendas nas rochas do leito do rio, por onde podemos mergulhar em um local e sairmos em outro. Você não pode perder a oportunidade de conhecer e tomar esse belo banho refrescante. A Cachoeira de Ouricuri é o ponto turístico mais visitado do município, recebendo todos os finais de semana até mil visitantes, em feriados esse número triplica. Nesse sentindo, o número de turistas vem crescendo cada vez mais e a consequência é o lixo deixado no percurso da trilha e no local do banho.


Associação Amigos da Cachoeira do Ouricuri

Desde julho de 2018, uma associação cobra uma taxa simbólica de R$ 2 por pessoa para a visitação da cachoeira. A Associação Amigos da Cachoeira de Ouricuri (AACO)  é uma associação turística, criada para promover a preservação e manutenção da trilha, deixando-a mais atrativa, limpa e segura, além de promover o turismo rural, garantindo emprego e rendo extra para a comunidade.  Esta ação, é fruto de uma parceria da comunidade com a Prefeitura Municipal de Pilões, através do Departamento de Cultura e Turismo e Secretaria de Desenvolvimento Social. 



Chegando em um determinado ponto da estrada, algumas pessoas da associação interrompem a passagem de carros e, a partir dali, só entram os pagantes. Houve muitos casos de bêbados e uso de drogas na cachoeira, além do lixo deixado pelos usuários mas, com o controle da associação, eles esperam que o ambiente fique melhor para os banhistas. Um senhor pediu para estacionarmos no estacionamento, que se resumia a um descampado de chão de terra e algumas árvores. Cobrou uma taxa de estacionamento e nos orientou sobre a trilha até a cachoeira.  


Perguntamos se havia algum lugar para comer na hora do almoço e ele indicou ir na casa de uma senhora chamada Maria ali perto. Encomendamos o almoço para 13h quando retornássemos do banho e seguimos caminhando mais um dois quilômetros de trilha. Como esperávamos, não tinha tanta água na cachoeira, mas o banho estava maravilhoso, principalmente porque estávamos com crianças. Estava raso e dava pra subir nas pedras dentro d´água. 


Havia algumas famílias e casais, cada um em sua rocha, com o piquenique montado. Teve gente que levou rede e tinha recém-nascido dormindo tranquilamente. Alguém levou um som pequeno, mas o volume não incomodava e uma família levou até churrasqueira. Uma senhora muito gentil, compartilhava as suas frutas com as crianças que estavam por perto. Mas disseram que lá não é sempre calmo assim, geralmente fica lotado. Aproveitamos ao máximo o banho em família (a água no começo é bem gelada mas depois você se acostuma) e voltamos para a casa de Maria para almoçar. 


Nós achávamos que íamos comer na pequenina casa de Maria, mas sua filha nos levou para o bar dela, próximo ao estacionamento, com um espaço bem agradável, onde ela vendia refrigerantes e picolés de sobremesa. A comida caseira estava deliciosa, com feijão, arroz, macarrão, carne, galinha, salada e purê de batatas. Conversamos um pouco, tomamos banho e trocamos de roupa no banheiro do bar  e seguimos caminho para Bananeiras, para a Cachoeira do Roncador.


A cachoeira fica aberta para visitação até às 16h. Acampamento só por agendamento. Informações adicionais sobre a cachoeira você encontra nas redes sociais do município @visitepiloespb e nas redes sociais da Associação @aacoturismo.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Turistei por Buenos Aires (Argentina) - 10 lugares para comer em Buenos Aires - Trip #31

Oi gente!  Em nossa passagem pela Argentina, fizemos um tour gastronômico também, incluindo casas de massas, restaurantes para comer "parrillas" (o famoso churrasco argentino), passamos por cafés, shows com jantares inclusos, fast foods, comida japonesa, provamos diversos vinhos e cervejas  artesanais argentinas, comemos alfajors e os deliciosos dulces de leche. Vamos listar aqui alguns lugares onde comemos com comentários sobre o que gostamos e o que não foi tão bom de cada lugar.


01) Segafredo Zanetti Argentina



O Segafredo Zanetti foi o primeiro lugar que fomos comer depois que deixamos as malas no hotel. Fica de frente para a entrada das famosas Galerias Pacífico na Calle Florida. Só ai caiu a ficha que poderíamos tomar vinhos e mais vinhos, que não tinha hora pra voltar pra casa, sem preocupação com crianças, sem lei seca pois ninguém ia dirigir. Que dava pra voltar a pé pra casa e que estávamos em outro país, livres pra curtir as férias. Só alegria! E o melhor, com nossa moeda bem valorizada. 


Segafredo Zanetti. Foto do garçom Manuel

Esse restaurante existe em vários países. Fomos umas cinco vezes no local. Duas vezes ficamos na calçada ouvindo música ao vivo e nas outras três, ficamos num primeiro andar, onde fizemos muita bagunça assistindo os jogos do Brasil da copa do mundo de 2018. Ai conhecemos vários brasileiros de todos os lugares. O atendimento foi nota 10 em todas as vezes, principalmente do garçon Manuel, um venezuelano muito simpático. A comida é saborosa, nada diferente do habitual, o preço é razoável. Em alguns jogos, ficamos na caipirinha/caipirosca maravilhosa com vodca absolut, e ainda arriscamos outros drinks como a marguerita, que não gostamos muito por ser muito forte. 

02) La Posada 1820

Depois de uma manhã batendo perna atrás de habilitar um chip com internet, resolvemos almoçar por ali mesmo, perto da Calle Florida, no micro-centro portenho. Queríamos experimentar a famosa picanha argentina e um bom churrasco. O restaurante La Posada, fica entre a Rua Tucumán e a Rua San Martin, próximo às casas de câmbio. É um casarão colonial que começou como hospedaria em 1820 para os patriotas que lutavam pela independência do pais. O restaurante tem três salões e grandes janelas, que permite ao cliente observar o colorido movimento das ruas. O atendimento é ótimo e a capacidade é para 200 pessoas. Um fato cultural nos restaurantes da Argentina é que eles sempre servem. gratuitamente de entrada, uma cesta com pãezinhos, às vezes acompanhados de patês ou queijos cremosos. 

 


 A carne é a figura central do cardápio. Entre os diferentes tipos de carne destaca-se o tradicional Bife de Chorizo (Contra Filé) que é servido em dois tamanhos: 250 ou 400 gramas. Outros cortes como filé mignon, costela, fraldinha, matambre, linguiça, “entraña” (Diafragma do boi), brochete (espetinho) e o cordeiro patagônico também são encontrados no cardápio, que inclui ainda as carnes da grelha, outros pratos da cozinha tradicionais, massas, frangos e peixe. Todos os pratos são muito bem servidos. Thiago escolheu o bife de chorizo e eu o polo (frango). 

03) Café Tortoni


Já contamos NESSA POSTAGEM AQUI sobre nossa experiência no Café Tortoni, incluindo um show de tango.  O Café Tortoni é um lugar tradicional de difusão cultural e turístico por excelência, fundado em 1858, funcionando na Avenida de Mayo desde 1880, no bairro Montserrat. O lugar era frequentado por pintores, escritores, jornalistas e músicos, incluindo o emblemático Carlos Gardel.

O lugar tem 3 espaços: A sala Eladia Blasquez, com capacidade para 45 pessoas. É a sala onde antigamente ficavam as mesas de bilhar e salões para jogar dominó. A segunda sala é a La Bodega que desde 1920 apresenta uma intensa atividade cultural no subsolo do café, com capacidade para 80 pessoas. A terceira sala é Alphosina Storni que é projetada para vozes, instrumentos e coreografias, para receber diferentes artistas de jazz e de tango. A sala tem capacidade para 55 pessoas e conta com palco, piano, iluminação e sistema de áudio. Das três salas só não conhecemos a "La bodega". É o café aberto mais antigo de Buenos Aires. 




O cardápio é longo e variado, incluindo tábuas de carnes, bifes de chorizo, saladas, lomos gratinados, cafés da manhã, cafés frios especiais, sanduíches, bolos e tábuas de queijo. Nós escolhemos chocolates com churros e provamos os famosos alfajores argentinos para começar, enquanto aguardávamos o salão abrir, para os clientes assistirem o show de tango. Os preços do menu são relativamente caros, mas vale a pena. No cardápio, tem também o "leche merengada" (da canção de Maria Elena Walsh) onde os clientes podem pedir, o mesmo sorvete de leite, há mais de um século. No show de tango não jantamos, experimentamos a conhecida cerveja Quilmes que veio acompanhada de amendoins. 


04) Don Ernesto


Encontramos o  Restaurante Don Ernesto por acaso, depois de nossa longa caminhada pela Feira de San Telmo (que só acontece aos domingos). O restaurante tem dois pisos, estava lotadíssimo, mas encontramos um lugar na parte superior, de onde dava pra ver todo o restaurante. Umas das coisas legais por lá, é que você pode escrever nas paredes ou em qualquer outro lugar para deixar seu recado, seu nome, de onde veio ou o que quiser. Para isso tem que pedir um "bolígrafo" ao garçom. 





Fomos atendidos por uma garçonete, pedimos um vinho e uma salada para começar. Logo depois, chegaram umas dez pessoas na mesa ao lado que faziam muito barulho. A comida demorou bastante a sair e apesar de um delicioso bife de chorizo mariposa com papas fritas, o atendimento foi péssimo. A garçonete estava impaciente e demorava muito a trazer qualquer coisa, uma pimenta, um guardanapo. E ainda ficava nos apressando a comer pois tinha filas do lado de fora. Lemos outros depoimentos de pessoas que gostaram muito de lá. Talvez em outro dia, sem o ambiente estar lotado seja melhor. O ambiente é agradável, a comida e os preços também, mas não vá num dia de domingo lotado!

foto de divulgação


05) Parrilla El Gaucho de Lavalle

Se você procura um boa relação custo x benefício, a Parrilla El Gaucho de Lavalle é uma ótima opção. Fica no Microcentro na Calle Lavalle, 870. Começamos provando um vinho Malbec, o Alaris, pra aquecer do frio de 8 graus. E claro, já estávamos íntimos das parrillas al carbon & leña.  O prato preferido de Thiago por estes dias era sempre o bife de chorizo, uma alcatra magra, macia e farta. Se você pedisse a parrilla, o prato vinha sortido com carne, polo (frango) e linguiça.  Pedimos desta vez uma parrilla completa.


Nós tínhamos anotado, antes de viajar, os nomes das coisas que não deveríamos provar e o motivo. Mas na hora da fome, ninguém perguntou o nome de nada. Então, vimos entre as carnes uma linguiça muito queimada, totalmente queimada. Achei estranho, mas deveria ser gostoso, já que churrasco é a especialidade deles. Cortamos a linguiça e estava muito mole por dentro. Provamos e o gosto era horrível. Só aí, perguntamos o nome daquilo ao garçom e ele respondeu que era a "Morcilla". Justamente o nome do que não deveríamos comer. Era uma linguiça de sangue. Se você não gosta de tomar um sangue quente enrolado, nunca peça Morcilla. Tirando nossa ignorância em pedir este prato, o resto foi tudo bom. As morcillas estão em todas as churrascarias da cidade. Pedi pra tirar o prato rapidamente. Não tirei foto, rs;




06) Il Gato Tratorias 


Depois do nosso tour de  parrillas e alguns fast foods pelo caminho (Mc Donalds, Subway e Starbucks), passamos pela comida chinesa do Jardim Japonês e escolhemos jantar numa casa de massas. Escolhemos o Il Gato Tratorias, na Av. Corrientes, próximo ao Obelisco. O ambiente é fechado, muito elegante, sofisticado. Pedimos o vinho da casa Il Tratoria para começar. Cada um pediu uma pasta. 



O serviço de garçom não vem discriminado na conta, geralmente eles chamam os 10% de propina pelas "Cubiertas" (talheres). Se você quiser deixar a gorjeta, fale a palavra propina. Em muitos locais eles entendem alguns termos em português, mas não custa aprender como se fala em espanhol outras palavras que podem ser importantes: almuerzo (almoço), cena (jantar), tapas (aperitivos), postres (sobremesa), cuenta (conta), botella (garrafa). Se você quiser dividir um prato com outra pessoa, diga que é para compartir. E cuidado com os falsos cognatos: taza é xícara, vaso é copo e copa significa taça.


07) Hard Rock Café Buenos Aires

Para os amantes do rock, sugerimos o Hard Rock Café. que é um restaurante muito famoso com várias unidades espalhadas pelo mundo, mas com nenhuma filial no Brasil. Existem duas filiais na capital argentina, a mais famosa é no bairro da Recoleta que existe desde 1995. A unidade fica dentro do Shopping Buenos Aires Design, onde ocupa dois andares. A entrada é pelo andar inferior e você precisa subir uma escada vermelha em espiral para chegar ao restaurante. A loja fica no andar de baixo.  Fomos a pé desde o Cemitério da Recoleta. 


O ambiente é todo decorado com fotos de ícones do rock, cartazes de shows famosos, guitarras de artistas conhecidos e miniaturas de instrumentos musicais. Na unidade da Recoleta você encontra uma guitarra Fflying V usada bela banda Megadeth em Buenos Aires em 1997, um terno usado pelo Paul McCartney no filme “A hard days night”, uma bota usada pelo Michael Jackson, uma foto assinada pelo Phil Collins, a bateria que a banda argentina Soda Stereo usou no acústico da MTV, além de otras cositas más.


Nós fomos num fim de tarde durante a semana, então não estava lotado. Mas, nos finais de semana há uma fila de espera para a mesa. O local é bem agitado, então, se você procura por calmaria não vá para lá. No Hard Rock Café está sempre rolando músicas playback, muitas vezes tem apresentações ao vivo, e durante a semana grupos de amigos frequentam o bar para fazer um happy hour. Nosso amigo músico Alexandre Melo, deu até uma canja lá quando visitou o local. 


O cardápio foge totalmente à comida tradicional dos restaurantes argentinos. O atendimento dos garçons é lento, vá com paciência. Mesmo se o rock não é seu estilo musical favorito, vale a pena a visita. O cardápio oferece opções de lanches com carne de porco defumada, hambúrgueres bem grandes servidos no pão caseiro torrado, sanduíches com batatas fritas, sobremesas refrescantes, shakes, cafés, nachos e opções especialmente elaboradas para crianças com idade até 10 anos, além de saladas com sete opções de molhos caseiros. Nós tomamos também um café capuchino com teor alcoólico, bem diferente, não lembro o nome da bebida.


08) Vodevil

Nos encontramos com um grupo de brasileiros de diversos estados que conhecemos nos jogos do Brasil da copa do mundo. Eles eram estudantes de mestrado e sempre vinham várias vezes ao ano. Nos levaram para conhecer o Vodevil, um bar no microcentro, na Av Corrientes, dentro do Passeo la Plaza. O lugar tem dois ambientes. Ficamos na parte superior de onde dava para ver todo o bar. 


O local é um pub com música ao vivo e que tem cervejas artesanais. Pelo frio de 9 graus, decidimos ficar no vinho mesmo.  Pela sugestão do garçom, escolhemos um Malbec, San Felipe. No dia em que fomos não teve música ao vivo. O atendimento era muito bom, o garçom atencioso. A especialidade da cozinha é espanhola e argentina. Sempre que pedíamos um prato qualquer, vinha uma espécie de miniatura, mas quando alguém pedia algo, vinha em tamanho GG, vai entender? Tamanhos á parte, pedimos algumas tapas (aperitivos) gourmets bem interessantes, bonitos e deliciosos. 




09) Covo Birreria




Nossos amigos de Manaus nos levaram pra conhecer a Covo Birreria, um pub e micro cervejaria, na Calle Montevideo, 382, no microcentro. Pudemos fazer degustação gratuita de inúmeras cervejas artesanais/ chopps de sabores que nunca imaginei que podiam existir. Escolhi um chopp de café. A casa possui excelentes lanches e petiscos variados. O sistema é de auto atendimento: compra-se as fichas no caixa e depois os pedidos são feitos no balcão. Quando você pede uma cerveja com um lanche, vai para a mesa com a cerveja e na hora em que ficar pronto o lanche, o garçom leva até você. O ambiente tem um bom astral. 





10)  Catulo Tango

Já contamos NESSA POSTAGEM AQUI sobre nossa experiência de jantar e show de Tango no Catulo Tango no bairro Abasto, então vamos nos deter apenas a parte gastronômica do jantar. O jantar, incluso no pacote com o show, dá direito a um prato de entrada, um prato principal, uma sobremesa e bebidas à vontade. Sempre, em qualquer restaurante na Argentina, eles servem um antepasto com pãezinhos, para aguardar, enquanto a comida chega. No Catulo Tango também são servidas as tradicionais empadas argentinas.

De entrada era possível escolher entre 1) crepe de ricota e espinafre com molho de rosas (minha escolha) ou 2) jamón crudo (presunto cru) e queijo com salada russa. O prato principal tinha opções de 1) Bife de chouriço a malbec com mil folhas de batata (escolha de Thiago); 2) Sorrentino de jamón e muzzarela com creme de alho poró, cogumelos da floresta e tomatitos quentes de cereja; 3) molho de frango com champignones e batatas noisette (minha escolha) e 4) tagliatelle ao pomodoro. As opções de sobremesa eram 1) brownie com sorvete e frutas vermelhas (escolha de Thiago) ; 2) creme brulee; 3) salada de frutas com sorvete (minha escolha) e 4) chez e doce. Com aviso prévio, a casa tem menu para vegetarianos e celíacos.




Tanto o jantar quanto as bebidas, tem que ser servidos até a hora do show começar. Como chegamos um pouco atrasados da hora que começaram a servir o jantar, as garçonetes nos apressaram um pouco para comer. Depois que as luzes se apagam e o show começa, o serviço dos garçons para de funcionar. Entre as bebidas, foram serviços água, refrigerante, cerveja e uma garrafa de vinho por pessoa. Você escolhe entre vinho branco e tinto, apenas. Os garçons pedem gorjeta ao final. Esses foram alguns dos lugares em que comemos em Buenos Aires e indicamos. Esperamos que ajudem a fazer suas escolhas na sua viagem! 




Informações Complementares:

https://brasileirosporbuenosaires.com.br/la-posada-de-1820-ambiente-colonial/



https://www.meusroteirosdeviagem.com/restaurantes-em-buenos-aires/

https://airesbuenosblog.com/hard-rock-cafe-buenos-aires/

https://www.brasileirosnargentina.com.br/restaurantes-buenos-aires/hard-rock-cafe

terça-feira, 2 de julho de 2019

Turistei por João Pessoa (PB) - Jardim Botânico Benjamin Maranhão - Trip #30

Oi gente! Em 2017 fomos conhecer o Jardim Botânico Benjamin Maranhão, mais conhecido como Mata do Buraquinho, em João Pessoa (PB).  Os jardins botânicos são instituições que mantêm coleções documentadas de plantas vivas, com o objetivo de fomentar a conservação, a exibição e a pesquisa científica, além de promover programas de educação ambiental e o lazer contemplativo.



Visitação e Agendamento

O Jardim Botânico Benjamin Maranhão (JBBM) possui uma dos maiores áreas remanescentes de Mata Atlântica natural dentro do espaço urbano no Brasil

Entrada: Gratuita
Endereço: Av. Dom Pedro II, s/n – Mata do Buraquinho – Torre
Agendamento e horários de trilhas pelo telefone: (83) 3218 7880./ 3218 7881
Administração: de segunda à sexta das 8h às 12h e das 13h30 às 16h30.
Visitação: de terça à sábado das 8h às 16h30.
Os portões sendo fechados às 15h30.


O que encontrar lá

O Jardim Botânico é um importante patrimônio histórico da capital paraibana e oferece opções de lazer para todas as idades. Esta área singular de um fragmento da Mata Atlântica, encravada no centro urbano de João Pessoa, possui uma grande variedade de fauna. São animais como preguiças, serpentes, primatas, jacarés, tartarugas, jabutis, cachorros do mato (raposas), tejú, preá, cutia, pássaros (pica-pau, sabiá, anum-preto, jacu), tamanduá-mirim, borboletas, além dos insetos que compõem a biodiversidade.

Também possui uma riquíssima flora com mais de 513 tipos de plantas. Podemos encontrar árvores de lei como: Beriba (arvore utilizada na fabricação do berimbau), ipê, maçaranduba, cajazeira, copiúba (que serve de alimento para os saguis) , pau brasil, sucupira (arvore bastante resistente muito utilizada em portas de igrejas de João Pessoa, medicinalmente conhecida por sua ação anti-inflamatória e com estudos recentes para o combate ao câncer de pele), bromélias, orquídeas, entre tantas outras.


Localizado na entrada da Unidade de Conservação, existe um mini museu com sementes em exposição, animais empalhados e uma belíssima maquete do estado da Paraíba, com seu relevo e hidrografia em 3D bastante didático, além de um auditório utilizado para reuniões, palestras ambientais e eventos do gênero. Existe ainda o Batalhão da Polícia Ambiental, que ajuda na fiscalização e é responsável pela segurança do local, além do herbário, cuja unidade encontra-se na UFPB.

Outra atividade muito interessante são as trilhas, abertas â população e às escolas. Para realizá-las. é necessário apenas entrar em contato ou agendar via telefone (83) 32187880, ou e-mail (jardimbotanico.jp@gmail.com), onde receberá a orientação completa.  Além das trilhas, o espaço abriga um centro de visitantes com amostras de vegetação, um orquidário e bromeliáceo, além de um extenso gramado, onde as pessoas costumam se reunir para piqueniques e aniversários. 



Trilhas

Com 343 hectares, o Jardim Botânico Benjamim Maranhão é uma unidade de Conservação de Proteção Integral, classificada como Refúgio de Vida Silvestre (RVS).  Entre as atrações do local estão suas trilhas. No total, o parque tem cerca de vinte trilhas, mas algumas são usadas apenas para pesquisa, manutenção do espaço e segurança. Para visitação, são seis.

Através das trilhas, o visitante pode vislumbrar espécies animais e vegetais típicas da Mata Atlântica e da Mata do Buraquinho. Para a trilha do Rio, Trilha do Buriti e trilha do Bambuzal, o Jardim Botânico recebe grupos de até 50 pessoas por turno, de manhã e à tarde, cujas visitas têm de ser agendadas. Antes do passeio, o grupo assiste a uma palestra no auditório sobre o jardim botânico e sua importância para a cidade. No verão, o Jardim Botânico promove uma trilha maior, com cerca de 6 km de extensão. Entre as mais conhecidas estão a trilha da ilha, a trilha do abraço e a super trilha.  Fizemos a trilha da ilha e a trilha do abraço.



As atividades normalmente duram 1h30, mas o passeio é adaptado ao perfil do público, podendo durar 30 minutos ou se estender por até quatro horas. As trilhas são sempre realizadas durante a semana em dois horários às 9h e às 14h. Na manhã do ultimo sábado de cada mês, acontece a super trilha de três quilômetros de percurso, com turma reduzida. O Jardim Botânico recebe grupos de universidades, escolas, associações e, dependendo do perfil do público, aborda conteúdos mais técnicos.

Trilha do abraço

Até 1856 a unidade de conservação era chamada de Sítio Jaguaricumbe. Naquela época surgiu uma belíssima lenda romântica da Árvore do Abraço localizada em uma das trilhas da mata, numa distância de 555 metros. Um grande fenômeno da natureza ocorreu no encontro entre duas árvores, um dendezeiro que cresceu  no meio de uma gameleira, dando a impressão de as árevores estão entrelaçadas. Lá existe um esconderijo de uma aranha caranguejeira, cuja espécie é a segunda maior do mundo. Esse passeio, no dia em que fomos, contou com uma apresentação teatral ao lado das árvores abraçadas sobre a lenda. O passeio gratuito é acompanhado por guias e guardas florestais. 

As atividades das trilhas são gratuitas. mas, para o visitante participar é preciso estar de calça comprida e sapatos fechados, além de ser recomendado que se leve uma garrafa d’água. Não é necessário agendar a visitação, salvo no caso de grupos acima de dez pessoas.



História

Em 1907 iniciou-se a canalização das águas pela Companhia Parahyba Water Company da cidade de João Pessoa que posteriormente se tornou CAGEPA (Companhia de Água e Esgoto do Estado). Foram construídos em 1909, sendo cada nascente um poço, cuja arquitetura foi batizada de amazonas (devido a semelhanças de casas na Amazônia), num total de 33 poços em meados dos anos 60 esses poços foram desativados com a substituição do abastecimento de Gramame. Hoje em dia apenas um poço funciona e abastece os bairros da Torre e Castelo Branco.




 Em 1856 a Mata do Buraquinho, hoje Jardim Botânico, era chamada de Sítio Jaguaricumbe. Até então, em seu primeiro registro como terra possuída tinha como limites do poente até o Palácio da Redenção, atual sede do Governo do Estado, atingindo os arredores da Lagoa do Parque Solon de Lucena.


Contudo, a área original sofreu grande redução devido a vendas e desapropriações até 1907, quando foi adquirida pelo estado por cinco mil cruzeiros, por ordem do governador Valfredo Leal. O objetivo foi iniciar os estudos de canalização d'água feitos pela futura CAGEPA.




O serviço de abastecimento d’água da cidade foi inaugurado em 1912 com caldeiras alimentadas pela lenha oriunda Mata do Buraquinho. Em 1939, devido à necessidade de ampliação do fornecimento d'água, foi adquirida e anexada à área a Propriedade Paredes, localizada na margem direita do Rio Jaguaribe, e em 1940 foi inaugurada a Barragem do Buraquinho. A área original ficou reduzida em cerca de 50%, devido à implantação do projeto de saneamento e abastecimento e a abertura de avenidas e estradas.




Em 1951 foi executado o Acordo Florestal da Paraíba entre o Serviço Florestal e o Governo da Paraíba, no qual estava prevista a criação de um jardim botânico, cujo objetivo principal era a produção de mudas e essências florestais. A inauguração ocorreu apenas em 1953. Em 1957, o Estado doou à União 166 hectares da área da Mata do Buraquinho para a implantação de um horto florestal.


Na década dos anos 1970, parte dos 565 hectares que formavam a Mata do Buraquinho foi desmembrada para a construção do Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 1989, através do Decreto Federal nº 98.181, os 515 hectares restantes foram declarados área de preservação permanente, ficando sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Todavia, 305 hectares, permaneceram sob a jurisdição da CAGEPA..



Em 1996, o IBAMA apresentou mais uma proposta para transformação da Mata do Buraquinho em Jardim Botânico, com o objetivo de preservação da área e garantia do seu estudo. Em 2000, o Governo da Paraíba, assumiu a responsabilidade de criação e implantação do Jardim Botânico de João Pessoa. Assim, em 28 de agosto de 2000, foi assinado pelo Governo Estadual o decreto nº 21.264 de criação efetiva do Jardim Botânico, abrangendo uma área total de 515 hectares, sendo a maior floresta semi-equatorial nativa plana densamente cercada por área urbana do mundo.



Desde a criação do jardim botânico tem havido as invasões às margens da reserva, onde podem ser constatados casos de subtração de território de preservação, assim como desmatamento (como na Favela Paulo Afonso), além da criação de comércios clandestinos como uma sucata no bairro de Jaguaribe. Já o Rio Jaguaribe, que deságua no Oceano Atlântico, atravessa a reserva e corta 23 bairros da capital paraibana e atualmente sofre com a poluição urbana.

Informações complementares:

https://juntosabordo.com.br/joao-pessoa-um-jardim-a-ceu-aberto/

http://matatlanticapb.blogspot.com/2014/10/a-mata-atlantica-e-aqui-visite-mata-do.html

https://www.jornaldaparaiba.com.br/vida_urbana/jardim-botanico-em-joao-pessoa-e-reaberto-para-visitacao-nesta-terca.html

https://www.feriasbrasil.com.br/pb/joaopessoa/jardimbotanicobenjamimmaranhao.cfm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_Benjamim_Maranh%C3%A3o





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