terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Turistei por Buenos Aires (Argentina) - Jardim Japonês - Trip #19

Oi gente!

Jardim Japonês é um parque na cidade de Buenos Aires, capital da Argentina. o Jardim Japonês está situado no belíssimo e arborizado bairro de Palermo, próximo ao shopping Alcorta e faz parte do passeio conhecido como bosques de Palermo junto com o El Rosedal, Jardim Botânico Carlos Thays, Zoológico de Buenos Aires, Planetário Galileu Galilei, Hipódromo de Palermo e o Museu Eduardo Sívori. O passeio pode ser emendado com uma visita ao Museu de Arte Latino-Americana (Malba)


Como chegar

Chegar no Jardim Japonês é muito fácil porque ele é bem servido de linhas de ônibus que param na porta. Indo de metrô, fica a oito quadras (Linha D/ Plaza Italia). Fomos andando da Floralis Genérica até lá. Buenos Aires é uma cidade plana que facilita essa o acesso caminhando.

Linhas de ônibus: 15, 37, 59, 60, 67, 93, 95, 102, 108, 118, 128, 130, 141, 160 e 188.
Endereço: Avenida Figueroa Alcorta e Avenida Casares, Buenos Aires (Argentina).
Horário: Diariamente 10h às 18h.
Visitar guiadas: informes@jardinjapones.org.ar
Site: http://www.jardinjapones.org.ar
Telefone: +54 11 4800-1323


O Paisagismo - Japão em Palermo

O projeto é do paisagista Yasuo Inomata, que lançou mão dos típicos elementos dos jardins japoneses para recriar em Palermo um pedaço daquele país. A combinação de lagos, pontes, portões, caminhos, pedras, pontes e areia, além da grande variedade de plantas, forjam um ambiente calmo e de beleza indescritível. O jardim é agradável, cheio de lagos e árvores bem cuidadas, perfeito para uma caminhada despretensiosa, admirando a bela paisagem. Os jardins floridos tem uma beleza singular. 


História 

O Jardim Japonês foi construído no Parque Três de Fevereiro, em Palermo, e aberto em 1967 com a ajuda da comunidade japonesa de Buenos Aires, para comemorar a primeira visita à Argentina de membros da família real do Japão: o príncipe herdeiro, o ex-imperador Akihito e a princesa Michiko.  O local foi um presente da comunidade nipônica para a capital porteña, para simbolizar a boa relação entre o Japão e a Argentina. Como o bairro da Liberdade em São Paulo, o Jardim Japonês também tem uma arquitetura e uma decoração feitas para refletir a cultura do país. Lá existem lampiões, esculturas, pontes vermelhas, carpas dentro do lago, plantas típicas do Japão e muito mais. O melhor é que o ambiente também é muito parecido com os jardins do próprio Japão, pois é bem tranquilo e sereno. 





Manutenção e autofinanciamento

Desde 1989, quem administra o local é a Fundação Cultural Japonesa da Argentina com a missão de divulgar a cultura japonesa, não recebe nenhum tipo de subvenção dos governos do Japão ou Argentina. Segundo os administradores, ele é reconhecido hoje como o maior jardim japonês fora do Japão. Embora seja um espaço público, a entrada ao jardim é paga, e tudo que é arrecadado é destinado à manutenção do Complexo Cultural e Ambiental do Jardim Japonês. O espaço mantêm-se com a receita gerada pelas atividades desenvolvidas no espaço e pelos ingressos vendidos aos visitantes. preço do ingresso custa $ 150, aproximadamente R$ 15 (cotação feita em maio de 2019).


Entrada

O parque funciona de 10h às 18h (incluindo sábados, domingos e feriados). Crianças até 12 anos não pagam, mas devem mostrar documento de identidade e estar acompanhadas de um adulto. Aposentados de 65 anos ou mais também têm entrada grátis, mediante apresentação de documento. Não é permitido entrar com comida e nem fazer piquenique dentro do jardim. 


Além de árvores, plantas, lagos e cachoeiras, o jardim contém um restaurante (Restaurant Jardin Japones), um viveiro (que na verdade é mais como uma estufa, onde é possível comprar bonsai), um espaço para artesanato, uma casa de chás, uma biblioteca/sala de leituras, uma lojinha, áreas de lazer e descanso, espaço para eventos e um prédio no qual funcionam um centro de atividades culturais (como cultivo de bonsais e pratos típicos da culinária do país) para o público. Além disso, a administração do parque oferece aos turistas visitas guiadas aos fins de semanas e feriados às 11h da manhã. 




Restaurante tradicional

Dentro do jardim, os visitantes encontram um restaurante impecável para experimentar o melhor da culinária tradicional japonesa, com o sushiman preparando as refeições diante do público. A iluminação fraca, a decoração minimalista e o serviço cuidadoso, fazem com que os visitantes se encantem pela experiência. O restaurante funciona todos os dias para almoço e jantar, exceto terça-feira à noite, que permanece fechado. Funciona das 10h às 18h, de quarta a segunda. Volta a abrir, das 19h30 à 00h. Às sextas-feiras e nos finais de semana, é necessário fazer reservas via whatsapp (número 5491126773793). O e-mail de contato é restaurant@jardinjapones.org.ar. Tente reservar uma mesa perto da janela para saborear sua refeição enquanto aprecia a área externa.


Viveiro Kadan, uma estufa de plantas

Mesmo que seja difícil você comprar e trazer alguma planta para casa, o simples fato de olhar os bonsais, as azaleias, as orquídeas e as lanternas de cimento que decoram o ambiente já vale a pena! No viveiro é possível comprar bonsais, azaléias, orquí­deas e até mesmo peixes koi (espécie de carpa), bem como comprar alimento balanceado para dar às carpas do local.




Produtos Artesanais

Quer trazer lembrancinhas nipônicas desse passeio? Então, vá até o Aomori Ken Artisans’ House, que fica a poucos metros da entrada principal. Esse espaço comercializa produtos artesanais e típicos do Japão, como maneki neko, daruma, kokeshi, hachimaki, entre outros. O visitante pode encontrar uma grande variedade de artesanatos e souvenirs referentes à cultura japonesa nas duas lojinhas do Jardim Japonês.


  
Sala de leitura Tokushima Ken e Salão Tókio

A história do Japão e a cultura japonesa podem ser melhor conhecidas na Sala de Leitura do Jardim Japonês , que conta com uma ampla bibliografia em espanhol e Inglês e no Salão Tókio, um espaço para expor e transmitir arte japonesa. Você vai se admirar com os objetos em exposição, além de aproveitar a vista para o jardim que você consegue ver pela sacada.


Casa de Chás
Este espaço foi criado para a realização da tradicional cerimônia do chá. Seu interior, confeccionado artesanalmente, conta com elementos tradicionais importados diretamente do Japão, em alguns casos com mais de cem anos. O visitante do Jardim Japonês de Buenos Aires pode participar da cerimônia, que é considerada uma síntese dos elementos fundamentais da cultura japonesa: o respeito pela natureza, a exaltação da humildade e o silêncio.

Visitas guiadas
Jardim Japonês de Buenos Aires oferece o serviço de visita guiada, fornecendo informações adicionais acerca da história e da cultura japonesas, enquanto fazem o percurso. As visitas acontecem aos sábados, domingos e feriados, às 11h e devem ser previamente agendadas. O e-mail para contato é informes@jardinjapones.org.ar. Também é possível participar de oficinas como origami, aikido, bonsai, cerâmicas e muito mais. Todos os elementos do Jardim Japonês buscam a harmonia e o equilíbrio. As pontes constituem símbolos: existe uma muito curva e extremamente difícil de atravessar, chamada Puente de Dios (ou Ponte de Deus), que representa o caminho para o paraíso. Outra ponta se chama Puente Truncado conduz à "ilha dos remédios milagrosos".


Não deixe de tirar muitas fotos e observar espécies de plantas que não vemos com facilidade no Brasil.  O passeio é tranquilo, uma pausa relaxante para descansar do agito da cidade. O lugar além de lindo, tem um astral bem bacana que transmite paz, daqueles que você sai renovado. A sensação de paz e calmaria é tão grande que você nem se dá conta de que está no meio do bairro badalado de Palermo. O Jardim Japonês de Buenos Aires é o local para desfrutar da natureza e conhecer um pouco mais da milenar cultura do Japão. No final do passeio você pode tirar uma foto com a data do passeio que eles fazem todos os dias na grama. 




quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Turistei por Tigre (Argentina) - O que fazer em Tigre - Trip #18


Oi gente!
Passeio de barco do Delta e Tigre

Na nossa passagem pela Argentina em 2018, fomos conhecer o município de Tigre e fazer um passeio de barco pelo delta do Rio Tigre que deságua no Mar del Plata. É possível chegar lá de carro, ônibus, trem ou barco. Contratamos o passeio com uma agência em frente do nosso hotel. Partimos de van de Buenos Aires, onde nossa guia fez um tour, sem paradas, mostrando alguns monumentos de Buenos Aires como o Estádio de futebol do River Plate, a Universidade de Direito, e a floralis Generica até chegar no município de Tigre. 

Tour Buenos Aires - Tigre


O município de Tigre faz parte da província (Estado) de Buenos Aires. Com aproximadamente 32 mil habitantes, fica distante 32 quilômetros da capital, a cidade autônoma de Buenos Aires. Tigre está localizado em uma parte do Delta do Rio Paraná, que é o quinto maior delta do mundo. A área é constituída de rios, igarapés e ilhas. A cidade tem uma estação fluvial, onde você pode pegar um barco para uma viagem ao redor das ilhas. 

Chegando no município de Tigre


O que fazer em Tigre? 

Passamos um dia inteiro nesse passeio, manhã e tarde, contando a ida e a volta. Chegando em Tigre, nossa guia fez um tour de van pela cidade, mostrando ou falando sobre as principais atrações turísticas de Tigre: O cassino Trilenium, o Parque de La Costa, o Museu de Arte do Tigre, o Museu Mate, o Museu Naval, o Museu da Reconquista, o Paseo Victoria, o Porto de Frutos e o passeio de barco pelo delta do Rio Tigre. Com um pouco mais de tempo, é possível comprar um ticket e passear pela cidade no ônibus turístico. Existem paradas de ônibus em todos estes locais.  

Trilenium Cassino

Cassino Trilenium

O cassino tem 3 andares com máquinas, roletas mecânicas e lanchonetes. Não é possível tirar fotos dentro do cassino. A entrada é gratuita, mas não podem entrar pessoas menores de 18 anos. O cassino abre todos os dias das 11h às 6h. De quinta a domingo funciona 24 horas. Nos salões do cassino você pode apostar em máquinas de caça-níqueis, roleta, blackjack, bacará, pôquer e outros jogos de azar. O cassino tem um restaurante e salões de chá. Nos finais de semana acontecem shows musicais. 


Parque  de La Costa


Parque de La Costa

É o maior parque de diversões da Argentina e um dos maiores parque da América Latina. É possível ver o parque pelo passeio de barco. No dia do nosso passeio, o parque estava fechado. O parque possui muitas atrações, passeios, montanha russa com várias performances e shows. 

Museu de Arte do Tigre

Museu de Arte do Tigre

O Museu de Arte do Tigre é um mini- palácio bem estiloso, que é possível ver também do passeio de barco. O edifício, construído em 1909, possui dois andares que abrigava o Clube Tigre,  como um ponto de encontro da alta sociedade, e incluiu um pequeno cassino. O edifício é de estilo francês, colunas, arcos e detalhes de flores, folhas de louro e carvalho como símbolos de força e de glória. Hoje é um museu, com várias salas sobre a arte argentina dos séculos XIX e XX, pinturas de artistas renomados como Quinquela Martín, Eduardo Sivori, Florencio Molina Campos, Lynch Justo, Pallière, entre outros, e objetos que contam a história do edifício e do Tigre dos anos 30.

Puerto de Frutos

Puerto de Frutos

O porto de frutos é um mercado repleto de lojas e diferente do nome, não vende apenas frutos. Vende de  tudo: de decoração à comida. Os principais produtos à venda no porto são a madeira, pedras, frutas, artesanato, legumes, junco, vime e outros produtos do Delta. Marcamos um horário com nossa guia da Van para retornar à Buenos Aires, então aproveitamos  o tempo disponível depois do passeio de barco para passear um pouco pelo porto. O horário de funcionamento é das 10h às 18h porém muitas lojas estavam fechadas no dia em que fomos. Aproveitamos também para comprar lembrancinhas de presentes e almoçamos em um restaurante lá perto. 


Puerto de Frutos

Passeio de barco pelo Delta

Nosso passeio de barco demorou em torno de 1h30 e o ingresso do passeio de barco já estava incluso no pacote. Eles saem de hora em hora da Estação Fluvial Domingo Faustino Sarmiento. A estação fluvial do Rio Tigre é um ponto vital no cotidiano dos habitantes das ilhas do delta. Aqui chegam e partem as diferentes linhas de barcos coletivos, que têm seus circuitos e passeios pelos vários rios e canais do Delta. Na estação fluvial também há escritórios oferecendo excursões e atividades de recreação para desfrutar de um dia em alguma ilha no Delta. 

Estação Fluvial Domingo Faustino Sarmiento

O barco já estava esperando e não teve filas ou espera para sair. O tráfego marítimo pelo Delta é intenso. São diversos barcos, jet-skys, lanchas, iates e canoas para lá e para cá, cruzando-se entre si. A maior parte do passeio tem um áudio-guia  em inglês, português e espanhol, explicando sobre a cidade, o delta do Tigre e os Rios Tigre e Luján. 


Na Estação Fluvial 

As pessoas vivem em casas a beira dos rios, no estilo palafitas e se locomovem por vias fluviais. As casas tem energia elétrica, internet, tudo que uma casa normal tem, menos água encanada. As pessoas constroem piers em suas casa para ter acesso aos serviços e poderem descer para suas embarcações. 

Vista do Rio Tigre da Estação Fluvial

Segundo as informações do áudio-guia, todas as atividades rotineiras que normalmente fazemos usando carros ou ônibus na cidade, os moradores da ilha fazem usando os barcos. Existe o barco-supermercado que passa vendendo produtos, insumos e suprimentos. Existe o barco-escolar que leva os alunos para as aulas. Tem o barco que recolhe o lixo das casas. Tem o barco ambulância, barco polícia, barco para tudo! rs 

Passeio pelo delta do Rio Tigre

O morador deixa um sinal de uma sacola pendurada avisando que necessita comprar algo, por exemplo. Diferentemente do que imaginamos de pessoas ribeirinhas que moram às margens de um rio, as pessoas do Delta do Tigre tem uma boa condição de vida. Até o ex-presidente da Argentina Domingo Faustino Sarmiento (nome da estação fluvial) tem uma casa dessas. As casas vão desde as mais simples, até as mais luxuosas. Quando estas casas começaram a ser construídas, tinham um preço mais acessível. 

Casa do ex-Presidente Sarmiento envolvida por vidro para preservação




Dentro do barco no Rio Tigre


O passeio pelo Delta do Tigre foi inesquecível. A cidade é charmosa e tudo muito organizado. Recomendamos a todos que estiverem em Buenos Aires esta opção de passeio diferente. Há muita vida no Rio, há muito o que fazer em Tigre. É incrível perceber que existem outras formas de viver, valores, prioridades e modos culturais diferentes do nosso. Voltaria ao Tigre para um passeio em família, visitando os demais lugares que ainda não fomos. 


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